Problema
Algas na barragem Santa Bárbara causam alterações na água
Problema foi detectado no início deste mês e desde então, conforme moradores, líquido passou a apresentar gosto e cheiro de terra
A presença de algas na barragem Santa Bárbara é a causa de alterações na água distribuída para cinco bairros de Pelotas. De acordo com moradores, a água apresenta forte cheiro e gosto semelhante ao de terra. Conforme o Sanep, o período de falta de chuvas e altas temperaturas favorece a proliferação das cianobactérias.
Eduardo Marques é morador de um condomínio no bairro Três Vendas e relata que o problema se iniciou há cerca de duas semanas. “O cheiro é muito forte, principalmente na hora do banho”, afirma. Segundo ele, a situação também atinge outros moradores dos cerca de 1,5 mil que residem no condomínio. Entre as dificuldades, estão o consumo da água e a lavagem de roupas. “O jeito é colocar bastante amaciante para disfarçar”, revela.
Água continua potável
O diretor-presidente do Sanep, Alexandre Garcia, explica que o problema é ocasionado pela presença de algas na barragem Santa Bárbara, local que é fonte de captação para abastecimentode alguns bairros do município. A situação é sentida em algumas localidades, como na Santa Terezinha, na Vila Silveira, no Centro e em parte das Três Vendas e do Fragata. As cianobactérias foram detectadas em baixa quantidade no dia 2 de dezembro, quando houve, também, o início do tratamento com carvão ativado. “Esse problema com as algas já é de muitos anos”, afirma Garcia. Segundo ele, a situação costuma ocorrer em sistemas em que a água é represada e é comum nesta época do ano, sendo agravado devido às condições climáticas que favorecem a proliferação, como períodos de pouca chuva, de temperaturas elevadas e de alta luminosidade.
Apesar do cheiro e gosto, Garcia afirma que a água continua própria para o consumo. "Isto não altera a potabilidade da água". Com a continuação do tratamento, a tendência é que haja o desaparecimento das algas. De acordo com o diretor, uma medição realizada nesta quarta-feira (11) não detectou a presença das cianobactérias na estação de tratamento. Localizada a três quilômetros do Centro, a ETA tem capacidade para 40 milhões de litros de água por dia.
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